Em geral, as instalações elétricas comerciais e industriais podem utilizar interruptores simples, paralelos, intermediários ou ainda sensores. Embora o objetivo final seja ligar e desligar a iluminação, na maioria das vezes, cada um deles permite atender uma certa necessidade do ambiente.
Figura 01 - Interruptor Pulsador |
Interruptor pulsador - O Interruptor pulsador possui uma gravação de campainha em seu interruptor. Quando pressionado fecha um circuito elétrico.
Seu interruptor tem volta automática. Muito utilizado para acionamento de campainhas em geral. No diagrama unifilar da figura 01 há a indicação dos condutores de: neutro, fase, terra e retorno.
Para as instalações temos que identificar os condutores, o fio fase é o que vem do disjuntor, desde o quadro de distribuição até onde será instalado o interruptor, já o fio neutro tem origem no barramento neutro do quadro de energia, geralmente é na cor azul claro, e segue para qualquer ambiente onde estará o bocal da lâmpada, ele garante a segurança quando necessitamos substitui-la, o terceiro fio chama-se fio de retorno, que tem função essencial de ligar a lâmpada ao interruptor. Para os fios fase e de retorno, não existe regra para as cores, mas jamais poderá ser na cor azul claro (neutro) ou verde/amarelo (proteção).
Figura 02 - Interruptor Simples |
Interruptores simples - Quando há necessidade de ligar e desligar uma lâmpada ou um grupo de lâmpadas, a partir de um só ponto de comando, este é o tipo de interruptor indicado.
Portanto, sua utilização é comum em ambientes como banheiros e dispensas, por exemplo. Em geral, os interruptores simples do tipo mais comum (unipolares) possuem apenas 2 terminais para a ligação dos cabos (“fios”).
No diagrama unifilar da figura 02 há a indicação dos condutores de: neutro (azul), fase (vermelho) terra (verde) e retorno (amarelo).
Figura 03 - Interruptor Dimmer |
Para variar a utilização dos ambientes ou para alterar a iluminação nos diferentes períodos do dia existe o dimmer, que é um componente capaz de alterar o nível de iluminação nos ambientes.
Os dimmeres mais antigos funcionam com um potenciômetro, que nada mais é do que uma resistência variável. Esse potenciômetro regula a quantidade de corrente que chega na lâmpada, sendo essa relação inversamente proporcional. Quanto maior a resistência, menor a corrente elétrica que chega na lâmpada e consequentemente, menor será a iluminação emitida.
O dimmer é instalado de forma semelhante a instalação de um interruptor simples. Conecte o cabo de fase no borne indicado do dimmer, esse borne geralmente vem com a letra L, o cabo de retorno será instalado no outro borne do dimmer e também no soquete da lâmpada. A lâmpada também deve receber o cabo de neutro, diretamente do quadro de distribuição, assim como mostra o esquema da figura 03.
Interruptores paralelos - Os interruptores paralelos também são conhecidos como three-way. Eles permitem ligar e desligar uma lâmpada ou grupo de lâmpadas, a partir de dois locais diferentes.
Figura 04 - Interruptores paralelos. |
Os interruptores paralelos mais comuns são unipolares, e possuem 3 terminais para a ligação dos cabos.
Repare que na interconexão entre os interruptores são utilizados dois fios de retorno, além do fio retorno que se conecta com a lâmpada no circuito, ou seja, em um circuito com interruptores paralelos utilizamos 3 fios de retorno.
No diagrama unifilar da figura 04 há a indicação dos condutores de: neutro (azul), fase (vermelho) terra (verde) e de três cabos de retorno (amarelo).
Interruptores intermediários - Os interruptores intermediários, também conhecidos como chave cruz ou ainda four-way, são utilizados em conjunto com dois interruptores paralelos.
Figura 05 - Interruptores paralelos e intermediário. |
Eles permitem ligar e desligar uma lâmpada ou grupo de lâmpadas, a partir de três ou mais pontos de comando. Portanto, encontram aplicação em locais como corredores e escadarias com múltiplos acessos, por exemplo.
Esses interruptores possuem 4 terminais para a ligação dos cabos. E eventualmente, podem trazer alguma marcação no corpo, para facilitar a distinção de outros produtos parecidos, que também possuem 4 terminais, como os interruptores simples bipolares.
Na instalação, utilizam-se os interruptores paralelos nos extremos, intercalando-se interruptores intermediários entre eles, em número suficiente para atender todos os pontos de comando requeridos pelo ambiente.
No diagrama unifilar da figura 05 há a indicação dos condutores de: neutro (azul), fase (vermelho) terra (verde) e de cinco cabos de retorno (amarelo).
Figura 06 - Relé fotoelétrico. |
Para o comando de lâmpadas a vapor de mercúrio, vapor de sódio e multi-vapor metálico (lâmpadas de descarga) são necessários um reator para cada lâmpada com potências equivalentes. Logo, cada lâmpada deverá ter o seu respectivo reator com potência igual à da lâmpada.
Figura 07 - Interruptor bipolar. |
No diagrama unifilar da figura 07 há a indicação dos condutores de: Fase R (preto), fase S (vermelho) terra (verde) e de dois cabos de retorno (amarelo).
Figura 08 - Interruptor bipolar paralelo. |
Figura 09 - Sensor de presença |
No diagrama unifilar da figura 06 há a indicação dos condutores de: Fase R (preto), fase S (vermelho) terra (verde) e de seis cabos de retorno (amarelo).
Sensor de presença - Os sensores de presença são comumente utilizados nas instalações elétricas residenciais, comerciais e prediais, principalmente para acionamento de lâmpadas ou portas por exemplo. Sensores de presença são basicamente dispositivos capazes de detectar movimentos de determinados corpos.
Quando o sensor detecta algum movimento um relé é acionado, fechando um contato normalmente aberto, permitindo a passagem da corrente elétrica e acionando um componente por exemplo, que neste caso será acionada uma lâmpada.
No diagrama unifilar da figura 09 há a indicação do condutor de: Fase R (preto), neutro (azul) e de retorno (amarelo).
Tomadas
As tomadas são dispositivos que permitem ligações elétricas provisórias de aparelhos portáteis industriais e eletrodomésticos. A ligação é feita através de encaixe entre o plugue (móvel) e a tomada (fixa), figura 07.
A partir de 2011, conforme o novo padrão brasileiro, só podem ser comercializados plugues com três pinos e tomadas com três furos (neutro, terra e fase), figura 08. Tais tomadas permitem a ligação de aparelhos por meio de plugues de dois e três pinos redondos. Os plugues de três pinos são utilizados em aparelhos que necessitam de aterramento. O terceiro pino (central), realiza a ligação com o fio terra, evitando que o consumidor sofra um choque elétrico ao ligar aparelhos com falha de isolação.
Figura 10 - Plugue e tomada. |
Configurações para os plugues e tomadas do padrão brasileiro:
- Com diâmetro de 4 mm para corrente nominal de até 10A (TUG)
- Com diâmetro de 4,8 mm para corrente nominal de até 20A (TUE)
Essa distinção existe para garantir que os consumidores não liguem equipamentos de alta potência em um ponto não projetado para esse fim.
As tomadas até 10A, com pinos mais finos e que são mais facilmente encontradas em nossas residências, são classificadas como tomadas de uso geral ou TUG, visto que ela podem ser aplicadas com os mais diversos tipos de equipamentos de baixa potência.
Figura 11 - Posição dos cabos. |
Figura 12 - Chuveiro. |
- 0,30 metro (baixa)
- 1,30 metro (média)
- 2,20 metros (alta)
No link a seguir exemplos de diagramas unifilares para ensaio de controle de iluminação do tipo: pulsador, simples, paralelo, intermediário, bipolar, bipolar paralelo, dimerizado, fotoelétrico, temporizado , automático e por relé de impulso e seu diagrama funcional . Há também o diagrama unifilar para ensaio de controle de iluminação por relé de impulso e sensor de presença e o diagrama do quadro de cargas, ambos realizado pelo Engenheiro Eletricista Márcio Luiz de Paula, para montagem em laboratório.
© Direitos de autor. 2019: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 28/02/2023
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