sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Aula 03 - Uso dos equipamentos de segurança

 EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA
Quando você vai realizar um trabalho qualquer (seja em casa ou na sua empresa), é interessante que você tenha certeza de que não vai se ferir. Para isso que existem os equipamentos de proteção. São classificados em dois tipos: os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC).

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Vamos começar falando dos EPI. Na imagem, é possível perceber alguns dos equipamentos de proteção individual que podem ser usados. Os principais tipos de EPI São:
Luva de proteção individual: Entre os tipos de EPI, as luvas costumam ser utilizadas nos mais variados ambientes de trabalho, em especial, nos setores de construção civil, nas indústrias, nos açougues e nas fábricas.
  • Podem ser produzidas de diferentes materiais, dependendo das ferramentas utilizadas e do nível de insalubridade, mas, em todos os casos, têm como objetivo proteger as mãos e os dedos de cortes, perfurações e atritos durante a função.
Abafador de ouvidos: Muitas atividades profissionais são expostas ao contato contínuo com ruídos incômodos que, consequentemente, podem impactar a saúde e o bem-estar do colaborador. Visando a amenizar tais impactos e, até mesmo, a evitar a perda da audição, o uso de abafadores é muito recomendado, podendo ser obrigatório em alguns casos.
  • Alguns exemplos de locais que demandam essa utilização são fábricas, indústrias e campos de trabalho com estrondos muito altos, explosões e ruídos frequentes. O objetivo desse EPI é, justamente, reduzir o contato com o barulho e garantir melhores condições para os operadores.
Capacete de segurança: Outro tipo de EPI muito convencional e versátil, que é utilizado por diferentes tipos de profissionais, é o capacete de segurança! Ele pode ser aplicado, por exemplo, em operações com circuitos elétricos, assim como em ambientes com riscos de quedas ou pancadas.
  • Os capacetes servem para proteger a cabeça como um todo, garantindo a segurança e a integridade de uma das partes mais frágeis e importantes do corpo, podendo evitar casos de traumatismos e, até mesmo, salvar a vida do colaborador.
Botas de segurança: As botas são os tipos de EPI mais comuns para a proteção dos membros inferiores, em especial os pés e os dedos. Além disso, muitas vezes, contam com solados antiderrapantes e aderentes ao solo. Sua estrutura também conta com proteções de ferro ou aço para evitar esmagamentos em uma possível queda de objeto.

PROTEÇÃO PARA O TRABALHADOR
Existe uma norma que define os EPI e onde eles devem ser empregados. É a Norma Regulamentadora (NR)  nº 6, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Ela trata sobre os Equipamentos de Proteção Individual, inclusive divide esses equipamentos por região de proteção, conforme veremos no vídeo a seguir.


Note que a proteção do trabalhador realmente é algo levado a sério. No entanto, você deve usar todos os equipamentos necessários para sua proteção, mas sem exageros.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA
Equipamentos de proteção coletiva são utilizados para proteger a coletividade dos trabalhadores de uma empresa. Eles podem ser: cones, placas de sinalização, fitas, alarmes, grades, corrimãos, barreiras contra luminosidade, exaustores e outros.
Equipamentos ou máquinas perigosas também devem receber no seu entorno uma faixa, indicando a região de perigo.
Como exemplo podemos citar uma empresa de usinagem, onde o técnico responsável por delimitar o caminho entre as máquinas e equipamentos de usinagens, solicitou a sua ajuda na hora de sinalizar o piso da empresa, sabendo que os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) são utilizados para proteger a coletividade dos trabalhadores de uma empresa, além da pintura no chão recomendada pela NR 26, você poderia fazer o uso de grades para delimitar o espaço entre as máquinas.

© Direitos de autor. 2015: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 31/07/2015

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Aula 02.2 - Conceitos de Confiabilidade

Temos como definição de confiabilidade a probabilidade de um dispositivo ou sistema de desempenhar e manter seu funcionamento adequadamente durante o tempo desejado, sob as condições de rotina ou hostis e inesperadas. Nesta definição há quatro conceitos importantes: probabilidade, desempenho adequado, tempo e condições.
  1. Somente a probabilidade de funcionar não define confiabilidade.
  2. O desempenho adequado depende das condições que foi projetado.
  3. Com o tempo de uso há desgastes que aumenta o número de falhas.
  4. Em condições hostis o desempenho diminui.


Figura 01 - Gráfico Investimento x Confiabilidade.
As condições de operação afetam o desempenho e do produto. Dois motores exatamente iguais, um operando em um ambiente limpo e outro em ambiente agressivo com poeira, certamente o primeiro motor irá ter uma vida útil muito maior, e apresentará menor numero de falhas.
A confiabilidade de um produto está relacionada ao custo. O gráfico da Figura 1 mostra que um aumento da confiabilidade é obtido a partir de um aumento de investimento. O custo incremental da confiabilidade é maior no inicio da curva de investimento, área "A" do gráfico, e é uma das maneiras de decidir se um investimento no sistema é adequado ou não, a variação do custo incremental de investimento não traz grandes melhorias na confiabilidade se o produto estiver na área "C" do gráfico. 
Figura 02 - Custo do ciclo de vida do produto.
O custo do ciclo de vida de qualquer produto é definido como o custo do projeto original no estágio de idealização, engenharia detalhada, construção e instalação, mais o custo total de propriedade, incluindo custos de operação e manutenção e a substituição ao final da vida do produto. A análise de custo do ciclo de vida determina o valor líquido presente das decisões de engenharia de operação e manutenção tomadas durante a seleção de novos produtos e/ou desenvolvimento de um sistema de gerenciamento de manutenção. 
Figura 03 - Projeto "simples" do Fusca.

Exemplo 01: O fusca (Figura 02)  é um veículo é mundialmente famosos e reconhecido por sua confiabilidade desde os anos 40 e que até hoje ainda circula por muitas cidades do Brasil. É um produto simples com bom desempenho pois faz muito bem o que promete fazer, ou seja, andar!  
No entanto não anda á 200 km/h pois não foi projetado para estas condiçõesTambém não adianta trocar o motor e colocar rodas maiores no fusca que ele não terá um ganho significativo de velocidade, ele está no limite ao qual foi projetado. devemos partir para um novo projeto.
© Direitos de autor. 2018: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/02/2018

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Aula 02.1 - Conceitos de Probabilidade

O objetivo deste texto é introduzir o conceitos de Probabilidade, suas variáveis e propriedades. 
A Teoria da Probabilidade estuda eventos aleatórios, (eventos que não possuem regularidade determinística, mas possuem regularidade estatística). A ausência de regularidade determinística significa que observações feitas nas mesmas condições não dão o mesmo resultado, enquanto a regularidade estatística se manifesta na estabilidade estatística de frequências.
Figura 01 - Experimento aleatório
com regularidade estatística.
No lançamento de um dado, apesar de a trajetória do dado ser determinística do ponto de vista da mecânica Newtoniana, é impraticável tentar prever seu resultado: este experimento não possui regularidade determinística. 
No entanto, esse experimento possui regularidade estatística e o tratamento probabilístico é o mais adequado. 
Um Espaço de Probabilidade, ou Modelo Probabilístico, ou ainda Modelo Estatístico, é uma abstração matemática, é uma idealização que busca representar os fenômenos aleatórios. Os conceitos básicos de probabilidade estão definidos abaixo.
  1. Experimento Aleatório é um experimento no qual: i) todos os possíveis resultados são conhecidos; ii) resulta num valor desconhecido, dentre todos os resultados possíveis; iii) pode ser repetido em condições idênticas.
  2. Espaço Amostral é o conjunto de todos os resultados possíveis para um experimento aleatório. É denotado pela letra grega "ômega" W. O espaço amostral pode ser: Discreto Finito: formado por um conjunto finito de pontos; Discreto Infinito: conjunto infinito e enumerável de pontos; Contínuo: formado por um conjunto Não Enumerável de pontos.
  3. Um Evento é um subconjunto de W, associado a um experimento. É denotado por letras maiúsculas: A, B, C, D, E, . . .
Os eventos que ocorrem em um experimento aleatório pode ser classificados como:
  1. Eventos Independentes - Dois eventos A e B são independentes quando a ocorrência de um evento não influência na probabilidade de ocorrência do outro evento. 
  2. Um Evento Complementar: denotado por Ac é o complementar de em relação a W, ou seja, Ac È A = W. 
  3. Dois eventos A e B são mutuamente exclusivos, ou disjuntos, se: A Ç B = Æ.
  4. Eventos dependentes - Dois eventos A e B são dependentes quando a ocorrência de um evento influência na probabilidade de ocorrência do outro evento. 
Exemplo 01 - Eventos Independentes - Imagine o lançamento de um dado em que um jogador precisa obter no primeiro lançamento = { 2 }; e no segundo lançamento B = { 5 }. Claramente o primeiro lançamento não interfere no segundo.

Exemplo 02 - Eventos Complementares - Imagine o lançamento de um dado se um jogador obter no primeiro lançamento = { 1 }. é porque não saiu  A= { 2, 3, 4, 5, 6 }.

Exemplo 03 - Eventos disjuntos - Imagine o lançamento de uma moeda o jogador obter cara no primeiro lançamento é porque não saiu coroa.

Exemplo 04 - Um dado equilibrado é lançado e seu número é observado. O espaço amostral  é: W = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 }. Sejam as possibilidades de eventos
  1. Evento A = O número observado é menor ou igual a 4, então, = { 1, 2, 3, 4 }; 
  2. Evento B = O número observado é par, = { 2, 4, 6 };
  3. Evento C = O número observado é ímpar, = { 1, 3, 5 }. 
Então, temosÇ = { 2, 4 } e Ç = { 1, 3 }; Como Ç Æ, temos então quesão disjuntos pois Bc = C, pois È { 1, 2, 3, 4, 5, 6 } = W. 

Num modelo em que os resultados são equiprováveis, o espaço amostral é um conjunto finito  e a medida de probabilidade é proporcional à quantidade de resultados que fazem parte de um dado evento: P (B)  = B / Wonde B denota a cardinalidade do conjunto B está contido em W, isto é, a quantidade de elementos que pertencem a B.

Exemplo 05 - Imagine o lançamento de um dado em que um jogador precisa obter 5 ou 6. 
Neste caso temos o  espaço amostral W = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, e o evento  D = {5, 6};
Calculamos a probabilidade do ocorrer o evento:  P(D) =  D / W = 2 / 6 = 1/3 = 33%.

Figura 02: tipos de Naipes.
Exemplo 06 - Imagine o sorteio de uma carta em um baralho francês com 52 cartas (espaço amostral), numeradas A, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, J, Q, K e de a tipos de naipes conforme ilustrado. Queremos saber a probabilidade de um jogador tirar: 4 de Paus, 7 de Copas , Ás de Espada ou 7 Ouro.
O evento que será denotado por E. Temos então: P(E) =  E / =  4 / 52 = 1/13 = 8%.


Probabilidade é a medida de quão provável é que um evento aconteça dentre todos os resultados possíveis. Calcular probabilidades permite usar a lógica e o raciocínio até mesmo com certo grau de incerteza.

1 -Calcular probabilidade de um único evento aleatório

Este cálculo diz respeito à possibilidade de que um ou mais eventos aconteçam dividida pelo número de resultados possíveis

Figura 01 - Probabilidade de único evento
Exemplo 1.1: Digamos que você queira descobrir a probabilidade de obter um "três" em um dado de seis lados?
Resposta: No caso de obter um três com o dado, a quantidade de eventos é igual a um (há apenas um três por dado) e a quantidade de resultados possíveis é igual a seis. Você também pode pensar nisso como sendo 1 ÷ 6, 1/6, 0,166… ou 16,6%. 
Exemplo 1.2: Qual a probabilidade de escolher um dia que caia em um fim de semana, ao escolher um dia da semana aleatório?
Resposta: A quantidade de eventos é igual a dois (uma vez que apenas dois dos sete dias fazem parte do fim de semana) e a quantidade de resultados possíveis é igual a sete. A probabilidade será igual a 2 ÷ 7 = 2/7, 0,285 ou 28,5%.
Exemplo 1.3: Um recipiente contém 4 bolinhas de gude azuis, 5 vermelhas e 11 brancas. Se uma das bolinhas de gude for tirada do recipiente aleatoriamente, qual a probabilidade de que ela seja vermelha?

Resposta: A quantidade de eventos é igual a cinco (uma vez que há apenas cinco bolinhas de gude vermelhas) e a quantidade de resultados possíveis é igual a 20. A probabilidade será igual a 5 ÷ 20 = 1/4, 0,25 ou 25%.

2 - Calculando a probabilidade de múltiplos eventos aleatórios

Calcular a probabilidade de eventos múltiplos é uma questão de dividir o problema em probabilidades separadas e Multiplicar as probabilidades ambos os eventos entre si. Isso lhe dará a probabilidade de eventos múltiplos ocorrendo um após o outro.

Figura 02 - Probabilidade de múltiplos eventos
Exemplo 2.1: Qual a probabilidade de obter dois cinco consecutivos com um dado de seis lados?
Você sabe que a probabilidade de obter um cinco é igual a 1/6 — a probabilidade de obter outro cinco com o mesmo dado é também igual a 1/6. Esses são eventos independentes, porque o que você obtém na primeira vez não afeta o que acontece na segunda — você pode obter um três e, a seguir, obter novamente um três.
Resposta: A probabilidade de cada evento independente é igual a 1/6. Isso nos dá 1/6 × 1/6 = 1/36, 0,027 ou 2,7%.
Exemplo 2.2: Duas cartas são extraídas aleatoriamente de um baralho. Qual a probabilidade de que ambas sejam do naipe de paus?
A probabilidade de que a primeira carta seja do naipe de paus é igual a 13/52, ou 1/4 (há 13 cartas de cada naipe em todos os baralhos). Agora, a probabilidade de que a segunda carta também seja do mesmo naipe será igual a 12/51.
Você está mensurando a probabilidade de eventos dependentes. Isso acontece porque o que é feito na primeira vez afeta o que acontece na segunda — se você tira um 3 de paus e não a coloca de volta, haverá uma carta de paus a menos no baralho (51 em vez de 52).
Resposta: A probabilidade de o primeiro evento acontecer é igual a 13/52. A probabilidade de o segundo evento acontecer é igual a 12/51. Logo, a probabilidade de que ambos ocorram consecutivamente será igual a 13/52 × 12/51 = 12/204, 1/17 ou 5,8%.
Exemplo 2.3: Um recipiente contém 4 bolinhas de gude azuis, 5 vermelhas e 11 brancas. Se três bolinhas de gude forem tiradas do recipiente, aleatoriamente, qual a probabilidade de que a primeira seja vermelha, a segunda seja azul e a terceira, branca?
A probabilidade de que a primeira bolinha de gude seja vermelha é igual a 5/20, ou 1/4. A probabilidade de que a segunda bolinha de gude seja azul é igual a 4/19, uma vez que temos uma a menos (mas não uma azul a menos). E, por fim, a probabilidade de que a terceira bolinha de gude seja branca é igual a 11/18, porque já retiramos duas. Essa é outra medida de um evento dependente.
Resposta: A probabilidade de o primeiro evento acontecer é igual a 5/20, ou 1/4. A probabilidade de o segundo evento acontecer é igual a 4/19. Logo, a probabilidade de que ambos ocorram consecutivamente será igual a 5/20 × 4/19 × 11/18 = 44/1.368, ou 3,2%.

© Direitos de autor. 2018: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 02/02/2018

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Aula 02 - Manutenção Produtiva Total

O objetivo da Manutenção Produtiva Total - TPM  - é a melhoria da estrutura da empresa em termos materiais (máquinas, equipamentos, ferramentas, matéria-prima, produtos etc.) e em termos humanos (aprimoramento das capacitações pessoais envolvendo conhecimento, habilidades e atitudes).
Manutenção Produtiva Total (TPM), aparece constantemente nas reuniões de negócio, mas a compreensão da ideia escapa a maioria das pessoas. Em geral, a TPM tem alguns objetivos diferentes. Em resumo o termo é utilizado para tratar de: eliminar avarias, eliminar pequenas paradas de máquinas,  livrar de todos os defeitos, operar sem quaisquer acidentes no trabalho, etc...
Um olhar mais atento, TPM pode ser resumido como uma forma pró-ativa de se aproximar a manutenção da máquina que está na linha de montagem. TPM é utilizado para detectar os problemas antes que eles ocorram, e usar essa ideia para construir uma operação mais eficiente e simples.
Felizmente para aqueles que querem aprender como implementar TPM em seus próprios locais de trabalho, o sistema foi construído em torno de 8 "pilares". Esses pilares representam vários objetivos do sistema, além de focar a forma de alcançar esses objetivos.
Os 8 Pilares da Manutenção Produtiva Total

1 - Manutenção Autônoma - Manutenção Produtiva Total
Figura 01 - Manutenção Autônoma 
Este pilar está centrado em torno da ideia de que os operadores de máquinas são capazes de manter-se na manutenção de rotina e limpeza de suas estações de trabalho individuais e as máquinas dentro dela. Isto não só tem a vantagem de economia de tempo, mas também coloca maior responsabilidade sobre seus operadores a ter orgulho em seus equipamentos. Além disso, ele coloca expectativas claras sobre a manutenção das máquinas e que deve ser lidar com ele.
A Manutenção Autônoma é o pilar responsável pelo desenvolvimento dos operadores com o objetivo de torná-los aptos a estabelecerem e manterem as condições Básicas e Operacionais de seus equipamentos.
A principal atribuição dos operadores foi e sempre será operar. Ao contrário do que muitos pensam, desenvolver a Manutenção Autônoma não é simplesmente criar um check-list e atribuir aos operadores tarefas de manutenção dos seus equipamentos.
A inclusão dos operadores na Manutenção do Desempenho das Funções dos equipamentos deve ser um processo planejado e estruturado juntamente com o desenvolvimento das atividades de Manutenção Planejada, para que a empresa possa ter um retorno efetivo e usufruir dos seus benefícios.

2 - Treinamento - Manutenção Produtiva Total
Figura 02 - Treinamento
O pilar educacional da TPM nos lembra que todos precisam ser treinados sobre o que você quer fazer antes que se pode esperar para fazê-lo.
Por exemplo, se você fizer a mudança para a manutenção autônoma de um lado um, você vai precisar para se certificar de que seus funcionários são, então, devidamente treinados sobre como fazer esta manutenção.
O treinamento adicional deve ser usado para cobrir todos os aspectos da TPM que pretende melhorar sua força de trabalho. Também é importante notar que a formação deve se estender até as fileiras, como TPM é um esforço de equipe que exige cooperação e compreensão em todos os níveis.

3 - Projetos de Melhoria Contínua  - Manutenção Produtiva Total
Figura 03 - Melhoria Contínua
Uma das melhores maneiras de manter a dinâmica de movimento é trabalhar para a perfeição na TPM, projetos incrementais menores.
Este foco para pequenos projetos para seus trabalhadores, não só ajudar a alcançar seus objetivos de melhoria, mas eles também ajudam a construir a moral. Mostrando que um projeto pode trabalhar ou que você pode ver os resultados de eficiência em uma escala menor vai ajudar a mostrar às pessoas o potencial de TPM em um maior.
Estes projetos são muitas vezes uma oportunidade de reunir todas as classes e qualificações, como uma equipe diversa é muito mais probabilidade de chegar a uma abrangente, soluções eficazes em última instância. O problema específico que a equipe se concentra em também pode ser ditada por seus membros, que deve ter notado algo em necessidade de manutenção ou alteração durante o seu trabalho diário.

4 - Antecipação de Manutenção  - Manutenção Produtiva Total
Figura 04 - Manutenção de qualidade
Este tipo de manutenção é tudo sobre a capacidade de detectar problemas e defeitos logo no início. Ser capaz de integrar erro ou detecção de defeitos no processo de produção é fundamental para a captura de problemas no início, antes que tenham a chance de fazer qualquer dano real.
Às vezes, essas garantias são técnicas ou observações por parte dos trabalhadores. Em outros casos, eles podem ser proteções construídas no próprio equipamento, que não permitem produção de produtos defeituosos por meio de auto-regulagem ou desligar quando algo de anormal for detectado.
Outra parte da manutenção é detectar a causa raiz de todos os problemas descobertos. Por exemplo, se um operador não detectar um problema,e só parar para resolvê-lo quando a falha é grande, mas não é o mesmo que resolvê-lo.
Olhando para o que causou um defeito ou desaceleração na linha de produção é um passo importante. A TPM depende destes problemas serem descobertos e depois tratadas.

5 - Segurança e Saúde  - Manutenção Produtiva Total
Figura 05 - Segurança e Saúde
A Segurança na Manutenção Produtiva Total não é certamente a única no conceito TPM, mas é tão importante quanto qualquer outro pilar. Por um lado, a segurança é sempre a prioridade no trabalho; de nada adianta uma grande produção se no final do dia os seus trabalhadores não tiverem em boas condições de saúde são vidas humanas sob o seu comando, e seu bem-estar deve ser colocado acima de tudo.
Em um sentido mais específico, no entanto, a saúde e a segurança desempenham um papel definitivo na TPM. Acidentes, e a consequente perda de trabalho, o tempo gasto investigando, são obstáculos para operações eficientes.
Com o início do desenvolvimento da Manutenção Autônoma e da Manutenção Planejada, o nível de contato dos operadores e mantenedores com o equipamento aumenta. Essa elevação da freqüência de exposição a perigos, aumenta substancialmente o risco de ocorrência de acidentes.
A obtenção de zero acidentes com afastamento é uma condição fundamental para que a empresa possa concorrer ao Prêmio TPM. Isso mostra a importância dada à garantia da integridade da pessoa dentro do desenvolvimento do TPM.

6 - Manutenção Planejada - Manutenção Produtiva Total
Figura 06 - Manutenção
planejada
Enquanto manutenção autônoma é grande, você ainda precisa ter visitas da programação do verdadeiros profissionais.
Com base em dados como taxas de insucesso previstos, taxa de uso, tempo de vida médio, e muito mais, você deve ter profissionais para inspecionar o equipamento a cada ano a fim de evitar problemas maiores.
Todas as empresa que possuem equipamentos fazem algum tipo de manutenção, e muitas se mantém apenas na base da manutenção corretiva. Isso faz com que muitos pensem que falhas são eventos inevitáveis e os bons profissionais da manutenção são aqueles com habilidades para realizar reparos rapidamente.
O desenvolvimento da Manutenção Planejada busca quebrar esse paradigma, através da determinação das práticas de manutenção mais adequada a cada equipamento.
A manutenção Planejada busca o atingimento das diretrizes da manutenção, através da utilização das melhores práticas de manutenção, visando a manutenção do desempenho das funções desempenhadas pelo equipamento, dentro dos padrões esperado pela empresa, no processo onde está inserido.

7 - Gestão de Equipamentos Novo - Manutenção Produtiva Total
Figura 07 - Gestão de Equipamentos Novos
Num cenário cada vez mais globalizado e competitivo, além da melhor qualidade e do melhor custo, os clientes buscam nos produtos com novos valores agregados, tornando o mercado mais inovador. Isso faz com que o ciclo de vida dos produtos seja cada vez mais curto, havendo a necessidade de desenvolvimento constante de novos produtos para atender ás novas expectativas dos clientes.
Da mesma forma, gera a necessidade de adequação dos processos e dos equipamentos existentes na empresa, e até de investimento em novos equipamentos, para atender esse processo de constante inovação. Responder rapidamente às novas necessidades dos clientes tornou-se um diferencial competitivo para as empresas.
Um plano para a integração de novos equipamentos também é uma grande parte da TPM.
Haverá momentos em que você precisa atualizar ou substituir uma máquina, e são forçados ou escolher a optar por uma nova versão ou máquina completamente.
É nestes momentos que a sua gestão de equipamentos cedo vai fazer ou quebrar você.
Ter um sistema de formação e aprendizagem de novos equipamentos vai ajudar a obtê-lo a produzir em níveis ideais / esperados o mais rápido possível.

8 - Manutenção Produtiva Total na Administração - Manutenção Produtiva Total
Figura 08 - Desenvolvimento de gestão
TPM não é apenas para os trabalhadores do chão de fábrica, melhorias na eficiência também pode ser feita no setor administrativo do seu negócio. Você provavelmente vai querer começar os princípios de TPM pregado para baixo onde eles trazem o impacto mais direto primeiro (no chão de trabalho), mas uma vez que você tenha feito isso ainda há terreno a ser adquirido, trazendo TPM até o grupo de gestão!
Além dos benefícios à manufatura, o nível de qualidade dos serviços prestados pela empresa, como vendas e assistência pós vendas, são profundamente melhorados através do pilar Office TPM.
O desenvolvimento do Pilar Office TPM é feito da mesma forma como foram desenvolvidos os pilares no setor produtivo. O produto, entretanto, é a informação. O Pilar Office é implementado através das atividades de Cinco Pilares que são desenvolvidos nos processos administrativos.

© Direitos de autor. 2015: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 01/03/2015

domingo, 9 de fevereiro de 2025

Aula 01.3 - Manutenção Preditiva

A manutenção preditiva é o acompanhamento, monitoramento e inspeção de máquinas com o objetivo de indicar suas condições de funcionamento. A ideia é coletar dados que informam o desgaste dos equipamentos e seu processo natural de degradação.
Assim, é possível aumentar a vida útil dos equipamentos, além de melhorar a produtividade deles. Some isso a detecção de possíveis falhas. Além disso, elimina desmontagens desnecessárias para inspeção, aumenta o grau de confiabilidade das máquinas e auxilia a segurança dos equipamentos.
A manutenção preditiva realiza o diagnóstico dos equipamentos com a utilização de aparelhos de termografia, ferrografia, ultrassonografia, análise de vibrações e de pressões. Caso seja detectada alguma irregularidade, é realizado um diagnóstico visando estudar a origem do problema e qual a melhor solução para ele. Cada tipo de equipamento necessita de atenção especial, determinando o tipo de frequência e a forma de registro.
Estudo de Vibrações
As máquinas em funcionamento produzem vibrações que, a longo prazo, levam a um processo de deterioração. Ao observar a evolução dos níveis de vibrações, é possível saber o real estado da máquina. Quando os captadores são colocados em pontos estratégicos do equipamento, eles captarão as vibrações recebidas por toda a estrutura, permitindo identificar falhas como rolamentos deteriorados, engrenagens defeituosas, acoplamentos desalinhados, rotores desbalanceados, vínculos desajustados, eixos deformados, lubrificação deficiente, folga nas buchas, ausência de rigidez, problemas aerodinâmicos, questões hidráulicas e cavitação.
Análise dos Óleos
Ela é feita por meio de técnicas de laboratório com vidrarias, reagentes, instrumentos e equipamentos como viscosímetros, centrífugas, fotômetro de chama, peagômetros, espectrômetros, microscópios, entre outros. Com isso, a manutenção preditiva determina o momento adequado para a troca e renovação dos óleos. Com isso, economiza-se lubrificantes e ajuda a sanar possíveis defeitos, otimizando o intervalo das trocas. A análise dos óleos também identifica o desgaste de um componente através do estudo de partículas sólidas misturadas ao óleo.
Análise do estado das superfícies
Utilizando técnicas como endoscopia, holografia, estroboscopia, molde de impressão ou o simples fato de observar a máquina com uma lupa, a análise do estado de superfície ajuda na detecção do desgaste de peças provocadas pelo atrito. Com isso, controla-se a deterioração das máquinas e equipamentos.
Análise Estrutural
Coletando dados através da interferometria, ultrassonografia, holografia, radiografia, gamagrafia e ecografia, a análise estrutural é feita com o auxílio de um técnico que usa sistemas portáteis de monitoramento. Com ela, é possível detectar fissuras, trincas e bolhas nas peças.
Termografia
A termografia permite identificar, monitorar e registrar alteração nos níveis de temperatura dos componentes e gerar uma imagem térmica ou termograma. A análise desse termograma é feita por um profissional especializado na técnicas, que será capaz de identificar a possível anomalia com base nas alterações de temperatura dos componentes.
A Termografia tem várias aplicações, desde o uso militar que consiste na aplicação de câmeras infravermelhas para identificar movimentos inimigos em campo de batalha até o uso médico, que consiste na identificação de tumores através da alteração de temperatura de determinadas partes do corpo humano. Já na área industrial, podemos aplicar a Termografia em uma infinidade de possibilidades: na área mecânica, elétrica, em tubulações, equipamentos rotativos, equipamentos estáticos, etc.

A manutenção preditiva propicia intervenções oportunas e planejadas, ou seja, a manutenção que anteriormente não era elaborada, com ela, acaba sendo.
A manutenção preditiva facilita a vida do empresário, já que é possível antecipar falhas e reduzir o tempo de manutenção. Se uma máquina for grande e complexa, der algum tipo de defeito, e a empresa não realizar a manutenção preditiva, detectar o problema pode ser um grande desafio, ter alto custo, além do gasto de tempo que poderia ser evitados.
A manutenção preditiva agiliza e otimiza o processo de produção, reduz os impactos dos procedimentos preventivos no resultado da operação, elimina a necessidade de desmontar e remontar a máquina para inspeção, impede a propagação de danos e maximiza a vida útil total dos componentes de um equipamento.

Com a manutenção adequada e inspeções regulares, o consumo de energia fica dentro dos padrões de normalidade, contribuindo para a produção de produtos de qualidade e custos adequados. Isso resulta em benefícios ligados às questões econômicas, energéticas e sociais.
O investimento na manutenção preditiva atua no aperfeiçoamento geral dos sistemas, resultando na diminuição das perdas. Ela também tem um papel importante na gestão predial, ajudando a evitar desperdícios devido a vazamentos de ar comprimido e água.

A manutenção preditiva é fundamental para agilizar e otimizar o processo de produção, pois com base nos dados e indicadores oferecidos pelos sofisticados sistemas de monitoramento, as pequenas irregularidades que poderiam evoluir para grandes falhas são detectadas precocemente, e a correção pode ser feita imediatamente.
É a opção mais viável e segura de manutenção, resultando também na redução de custos e eliminando a necessidade de trocar componentes em caso de falhas.

© Direitos de autor. 2019: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 15/05/2019

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Aula 01.2 - Manutenção Preventiva

A inspeção visual foi provavelmente o primeiro ensaio não destrutivo usado pelo homem, mas continua sendo o mais usado e geralmente precede qualquer outro ensaio. A sua principal vantagem é fornecer dados quantitativos (além das informações qualitativas) mais facilmente que os outros métodos.
A inspeção nada mais é do que uma comparação, Você deve ter em sua mente um padrão de aceitação, por isso, muitas vezes uma descontinuidade visual pode ser aceita por um inspetor ao ponto que para outro essa estará reprovada.
Ao formatarmos esse padrão de aceitação, logo passaremos o colocá-lo em pratica, Devemos ser minuciosos e extrair o máximo de informação possível daquele equipamento e naquele instante.
Ao falarmos em NR-13, existem alguns pontos que devem obrigatoriamente ser observado, tais como, identificação do equipamento (TAG e Categoria), placa de identificação, aterramento elétrico, dispositivo de segurança, iluminação de emergência e disposição do equipamento quanto a manutenção e operação.
O técnico de inspeção não deve se limitar somente a esses pontos, pois ele pode observar outras avarias que eventualmente possa vir a causar danos com perdas pessoais e materiais. Deve-se também ficar atento quanto as ferramentas utilizadas, pois essa inspeção se procede com o equipamento em operação, portanto, o inspetor sempre deve dispor de uma postura segura e preventiva diante do equipamento.
Exemplos: Utilização de maquina fotográfica em local intrinsecamente seguro, sendo essa não apropriada (ainda questionável). Utilização do teste do martelo ou martelamento em região do costado, entre outros.
As condições do equipamento deve ser evidenciada por meio de registro fotográfico, utilizando no relatório uma redação de fácil entendimento. Para o relatório deverão constar no mínimo as informações requeridas em disposto 13.10.8 da NR-13, e evitar siglas e abreviações, ou mesmo dispor uma legenda quando se fizer necessário.
Lembre-se sempre do quão importante serão essas informações para avaliações futuras do equipamento.
Existem equipamentos que não podem ficar parados ou devem obedecer a horários estabelecidos pelo cliente.
Pela experiência adquirida, procura-se estabelecer os itens da máquina que devem ser inspecionados.
Os programas de manutenção preventiva, nas indústrias que não param anualmente dando férias coletivas, são elaborados seguindo a um cronograma cujo acompanhamento é feito individualmente para cada equipamento.
Existem programas “software”, já comercializados, que facilitam a implantação de um programa de manutenção preventiva.
Para cada caso da aplicação de recursos tradicionais nas indústrias podemos sugerir a implantação de um programa modesto mais eficiente, conforme modelo. Este modelo será renovado a cada ano. O PROGRAMA atenderá a freqüências de intervenções semanais, mensais e anuais.
As indústrias que já utilizam com sucesso a manutenção preventiva, podem aplicar a manutenção preditiva, que se constitui no mais completo e correto sistema de manutenção.
Nesse sistema, com auxílio de equipamentos, detectores mais sofisticados, pode-se determinar se está na hora de abrir a máquina e trocar um componente, antes que venha a falhar.

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